De acordo com o Eurobarómetro, os portugueses são os cidadãos da União Europeia (UE) que mais defendem a continuação da manifestação de solidariedade do bloco com a Ucrânia.

Os resultados do Eurobarómetro, divulgados hoje, revelam que 66% dos inquiridos em Portugal concordam totalmente que a UE deve continuar a demonstrar solidariedade para com a Ucrânia, a percentagem mais elevada entre os 27 países da UE, superando a média comunitária de 38%.

Quando questionados sobre a aplicação contínua de sanções à Rússia, incluindo medidas económicas e diplomáticas, novamente 66% dos inquiridos em Portugal concordaram totalmente com tais restrições, o que também supera a média dos 27 Estados-membros, que é de 46%.

No que diz respeito ao apoio à Ucrânia em seu caminho rumo à integração europeia, isto é, em relação a uma eventual adesão da Ucrânia à UE, 52% dos inquiridos em Portugal concordaram totalmente, a segunda maior percentagem na UE, ficando atrás apenas dos 54% na Suécia e superando a média europeia de 29%.

A Ucrânia apresentou o seu pedido de adesão à UE em fevereiro de 2022 e recebeu o estatuto de país candidato em junho do mesmo ano. A decisão sobre os próximos passos depende do Conselho, que tomará uma decisão assim que a Ucrânia cumprir as condições definidas no parecer da Comissão Europeia sobre o pedido de adesão de Kivy à UE.

De forma geral, na UE, a maioria dos europeus considera que a guerra na Ucrânia enfatiza a necessidade de a UE garantir sua segurança energética e econômica (85%), aumentar a cooperação militar entre os Estados-membros (75%) e continuar a demonstrar solidariedade com a Ucrânia (71%), de acordo com a Comissão Europeia.

A Comissão também observa que os europeus continuam a apoiar a Ucrânia e os ucranianos, com 86% apoiando a continuação do apoio humanitário às pessoas afetadas pela guerra, 77% aceitando a receção de refugiados da guerra na UE e 71% apoiando a imposição de sanções económicas contra a Rússia.

Além disso, cerca de dois terços dos europeus, ou seja, 67% e 65%, acreditam que a UE deve apoiar a Ucrânia no caminho para a integração europeia e sua integração no mercado único. 65% são a favor do apoio financeiro e económico à Ucrânia, e 57% acreditam que a UE deve apoiar a aquisição e o fornecimento de equipamento militar e formação para a Ucrânia.

O inquérito foi realizado digitalmente com a participação de 26.514 cidadãos da UE dos 27 Estados-membros, entre 24 e 31 de agosto passado. A ofensiva militar russa na Ucrânia desencadeou a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Fonte: com agências