Foto: FB José Manuel Bolieiro
PS Sofre Derrota Histórica Perdendo pela Primeira Vez desde 1996
Nas eleições regionais dos Açores realizadas no domingo, a coligação PSD/CDS-PP/PPM, conhecida como AD Açores, emergiu como vencedora, no entanto, ficou a três deputados da tão desejada maioria absoluta, revelam os dados apurados em todas as freguesias.
De acordo com informações da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a coligação tripartidária, que já ocupava o governo desde 2020, conquistou 42,08% dos votos, garantindo 26 lugares no parlamento regional composto por 57 deputados.
O Partido Socialista (PS), por sua vez, enfrentou uma derrota significativa ao conquistar 23 deputados, obtendo 35,91% dos votos. Esta é a primeira vez desde 1996 que o PS perde as eleições legislativas regionais nos Açores.
O partido Chega surpreendeu ao garantir o terceiro lugar, angariando 9,19% dos votos e conquistando cinco deputados, um aumento de cinco em comparação com as últimas eleições. O Bloco de Esquerda assegurou apenas um deputado, perdendo um em relação ao pleito anterior. O Iniciativa Liberal (IL), com 2,15% dos votos, e o PAN, com 1,65%, mantiveram os deputados conquistados em 2020.
A abstenção nas eleições ficou em 49,67%, indicando uma maior participação nas urnas em comparação com eleições anteriores, onde a abstenção atingiu 54,59%.
Declarações Pós-Eleições: Após a divulgação dos resultados, José Manuel Bolieiro, líder regional do PSD e cabeça de lista da coligação vitoriosa, anunciou que governará com maioria relativa, excluindo a possibilidade de uma coligação com o PS. Bolieiro, no entanto, não fez comentários sobre uma eventual aliança com o Chega.
Vasco Cordeiro, o candidato do PS-Açores, assumiu a derrota, admitindo que os resultados ficaram aquém das expectativas fixadas pelo partido. As declarações de Cordeiro refletem a dimensão histórica da derrota do PS, que tradicionalmente mantinha uma forte presença nas eleições regionais dos Açores desde 1996.
O cenário político nos Açores agora se configura com a coligação AD Açores no centro das decisões, enquanto os partidos derrotados terão que reavaliar estratégias e abordagens para futuros desafios regionais. O papel do Chega como terceira força política adiciona uma dinâmica intrigante ao cenário político açoriano, com o partido liderado por André Ventura emergindo como um ator relevante na região.