Por Smartencyclopedia com agências
Cavaco Silva, ex-Presidente da República, encerrou no sábado o encontro nacional dos Autarcas Social-Democratas (ASD). Cavaco Silva descreveu António Costa como um primeiro-ministro que perdeu sua autoridade e destacou a importância do PSD não se submeter a outros partidos ao apresentar moções de censura.
Aníbal Cavaco Silva, ex-primeiro-ministro do PSD e ex-Presidente da República, criticou o governo do PS durante o encerramento do encontro nacional dos Autarcas Social-Democratas (ASD) em Lisboa.
Cavaco Silva acusou o governo de colocar o país em um caminho de empobrecimento e deterioração política. Cavaco Silva elogiou Luís Montenegro, afirmando que o PSD identificou corretamente o governo socialista como seu adversário político.
Cavaco Silva também enfatizou a importância de não dispersar energias com outros partidos nem responder a provocações de alguns analistas políticos.
Cavaco Silva adicionou que a situação de salários baixos, pensões insuficientes para uma vida digna, o empobrecimento da classe média e a baixa qualidade dos serviços públicos, como educação, saúde e justiça, são resultados das políticas equivocadas do governo, da sua falta de coordenação, orientação estratégica e visão.
Cavaco Silva também acusou o governo de ser especialista em “mentiras e propaganda”, questionando até que ponto um governo poderia descer tão baixo em termos de ética política, mencionando especificamente o caso da TAP.
Cavaco Silva enfatizou a importância de resgatar o debate político e destacou que a imprensa e a televisão demonstram diariamente as mentiras do governo, instando os presentes a perguntar aos seus munícipes se ainda se pode acreditar em quem passa o tempo mentindo.
Cavaco Silva criticou o governo por não ter obras para apresentar e, em vez disso, focar em ter uma boa máquina de propaganda para desinformar, condicionar, iludir, anestesiar e enganar os cidadãos, tentando ocultar a situação em que o país se encontra.
Cavaco Silva mencionou o caso desastroso da intervenção do Estado na TAP, questionando se os portugueses imaginavam que um governo poderia descer tão baixo em termos de ética política e desprezo pelos interesses nacionais.
Cavaco Silva também mencionou desperdícios de milhões de euros além do caso da TAP.
Cavaco Silva afirmou que o governo liderado por António Guterres deixou o país em uma situação difícil, o governo de José Sócrates levou o país à bancarrota e o governo de António Costa, apesar dos apoios europeus, deixará um legado extremamente pesado para o próximo governo.
Cavaco Silva acusou o primeiro-ministro de não exercer as competências atribuídas pela Constituição e descreveu o governo como desarticulado, sem rumo e incapaz de lidar com a crispação social e os grupos de interesse.
Cavaco Silva afirmou que a ideologia que orienta a ação do governo é simplesmente permanecer no poder e controlar o aparato do Estado, sem se importar com os meios utilizados.
Cavaco Silva criticou o governo, afirmando que ele é um vazio em termos de ideologia, onde a palavra “socialista” é apenas um slogan. Ele destacou a escassez de competência nas palavras e atitudes dos membros do governo, ressaltando a presença de populismo e hipocrisia.
Cavaco Silva alertou que a escolha das pessoas para exercerem funções ministeriais é exclusivamente responsabilidade do primeiro-ministro e não deve ser feita na esfera pública, enfatizando a importância de não tentar escapar dessa responsabilidade.
Cavaco Silva afirmou que António Costa perdeu autoridade e não está desempenhando as competências atribuídas pela Constituição. Ele também mencionou que, às vezes, os primeiros-ministros decidem apresentar sua demissão devido a uma reflexão sobre a situação do país ou a um rebate de consciência. Ele citou o exemplo de março de 2011, quando ocorreram eleições antecipadas devido a essa decisão.
Cavaco Silva também defendeu que o PSD não deve seguir moções de censura apresentadas por outros partidos que estão mais preocupados em obter cobertura na mídia. Ele observou que o governo atual possui apoio majoritário na Assembleia da República e que essas moções de censura servem aos interesses do governo socialista, desviando a atenção dos erros de sua governança.
Em relação a Luís Montenegro, Cavaco Silva afirmou que o líder do PSD está tão ou até mais bem preparado do que ele próprio quando foi chefe de governo. Ele defendeu que os sociais-democratas são a única alternativa ao Partido Socialista.
Cavaco Silva elogiou a experiência política de Luís Montenegro, afirmando que ele está tão ou até mais bem preparado do que ele próprio quando se tornou primeiro-ministro em 1985. Ele destacou que o PSD é inequivocamente a única alternativa credível ao poder socialista, que é baseado em uma oligarquia que se considera dona do Estado.
Cavaco Silva refutou a afirmação de que o PSD não tem apresentado políticas alternativas ao governo socialista, argumentando que o partido é a única opção credível para aqueles que desejam libertar Portugal dessa oligarquia dominante. Ele elogiou os programas bem estruturados apresentados pela atual liderança do PSD e fez sugestões ao líder do partido, que estava presente no evento.
Cavaco Silva enfatizou que o PSD não deve cometer o erro de pré-anunciar políticas de coligação para as próximas eleições legislativas, seguindo o exemplo do PS, que está em queda nas pesquisas. Cavaco Silva sugeriu que o programa eleitoral do PSD seja apresentado próximo ao ato eleitoral, levando em consideração os desenvolvimentos recentes na cena nacional e internacional.
As declarações foram feitas por Cavaco Silva durante o encerramento do 3º Encontro Nacional dos Autarcas Social-Democratas (ASD) em Lisboa. O seu discurso foi muito aplaudido pela plateia presente.