Esta quarta-feira, dia 20 de janeiro, marca o fim de quatro conturbados anos com Donald Trump na Casa Branca e o início de “um novo dia”. Joe Biden tomou posse como 46.º Presidente dos Estados Unidos, juntamente com Kamala Harris, a primeira vice-presidente mulher e afro-americana. No seu discurso, o Presidente eleito sublinhou que “a democracia venceu” e prometeu “liderar não apenas pelo exemplo do nosso poder, mas pelo poder do nosso exemplo”.
Referindo-se novamente ao ataque ao Capitólio no passado dia 6 de janeiro, Joe Biden sublinhou que a “América tem de ser melhor do que isto”. “Precisamos de fazer com que a América seja uma força do bem no mundo”.
“As forças que nos dividem são profundas e são reais, mas não são novas”, disse o Presidente, relembrando que “a nossa história tem sido uma luta constante entre o ideal americano, em que todos somos criados como iguais, e a realidade feia, de racismo, medo e diabolização, que desde há muito nos tem vindo a afastar. É uma batalha constante”.
“A batalha é perene e a vitória nunca está garantida”, continuou Biden, reiterando a importância da união: “Sem união não há paz, apenas amargura e fúria. Não há nação, apenas caos”.
Biden promete “reparar as alianças”
Pela primeira vez na história dos EUA, a cerimónia decorreu sem público a assistir presencialmente, com o Capitólio apenas acessível a pessoas credenciadas.Donald Trump não compareceu à cerimónia.
Ainda abalados pelo ataque ao Congresso por parte de apoiantes do Presidente cessante Donald Trump e com a ameaça contínua de protestos armados, o ambiente nos EUA, e particularmente em Washington, é de grande tensão e obrigou a um reforço das medidas de segurança para o dia da tomada de posse de Joe Biden.
A capital norte-americana transformou-se numa verdadeira fortaleza: as ruas estão interditas, com cerca de 25 mil agentes da Guarda Nacional a guardar o perímetro de segurança junto do Capitólio. Esta foi a maior operação de segurança alguma vez realizada para uma transição presidencial.